quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dia de cao...

Pois é... para todos aqueles que pensam que viajar é pêra doce, posso dizer que às vezes nao é bem assim. E o único culpado é o guia de viagem, que falhou em explicar bem as coisas.

Éis o que aconteceu: hoje saí do hotel às 9 da manha, para ir visitar o famoso desfiladeiro do Colca, o segundo maior do mundo, que fica aproximadamente a 100 km de Arequipa. Normalmente os turistas vao a este local através de agências de viagens, com um itinerário programado e estupidamente caro para o que é suposto. Entao, como garota independente que sou, resolvi procurar no guia a forma mais simples de ir até lá. E encontrei o que eu achava que iria resultar. Apanhando um autocarro até Chivay que, segundo o guia, fica "à entrada do desfiladeiro", e voltando no mesmo dia ainda. Peguei no gato, na máquina fotográfica, na câmara de filmar e num casaquito só na hipótese de ter um pouco de frio ao final da tarde e lá fui eu. Só consegui apanhar o autocarro às 11:30 e vim durante três horas ao lado de um peruano que silvou durante todo o caminho. Repito, silvou e nao assobiou. Nem sequer era um assobio. Quando finalmente cheguei a Chivay, às 3 da tarde e com os ouvidos em água, resolvi almoçar num restaurante na praça central. Basicamente Chivay é a cidade mais poeirenta que já vi na vida. Nenhuma rua está alcatroada e, para minha grande sorte estava um ventaval como nunca vi. Além do frio claro! Almoçando e falando com o empregado sobre o vento e tal, descobri que afinal o Desfiladeiro ainda fica a 2 horas de carro daqui. Ou seja, que nao tenho tempo de lá ir e voltar para apanhar o autocarro das 18:30 de volta a Arequipa... Segundo o guia o que era já aqui, afinal ainda fica bem longito...
Resultado, já parou o vento mas começou a chover, está um frio de rachar, eu só tenho um casaquito de algodao e tudo isto nao está ajudar nada à minha constipaçao, que já dura há alguns dias e hoje já estava a melhorar. A aldeia é só pó, nao há nada para ver e aqui estou eu a fazer tempo num sítio abrigado e a desabafar as minhas desgraças...
Ninguém disse que a vida era fácil...

..............

E passadas 6 horas, finalmente cheguei ao hotel. Pois e... O azar quando vem nao e as pinguinhas, mas sim aos jorros. O autocarro, que deveria demorar 3 horas a ca chegar, demorou 6! Viemos a 20 km/hora, parando a cada 500 metros porque a maquina aquecia demasiado... Desesperante... Alem de que vim o caminho todo sem poder reclinar o banco, porque o individuo que estava atras de mim ia com os joelhos enfiados nas minhas costas. Mal entramos em Arequipa sai do autocarro e apanhei um taxi como solucao final.

E agora vou dormir antes que me depare com mais uma situacao dificil. }
Deve ser da lua cheia com certeza...

3 comentários:

Anónimo disse...

Ainda bem que levaste o jersey... nao vá o diabo tecelas!!
eheh

beijinhos
maria

Anónimo disse...

sei k foi uma desgraceira incrivel, mas aki no conforto do meu escritório ainda esbocei um sorrizito maquiavélico, é que no fundo, teve mta piada! lolol é preciso é levar tudo na boa, se ontem foi péssimo, amanha com certeza será fantastico! e até agr nessa viagem que já tem algum tempo, ser este o primeiro dia de azares é ter mta sorte! E se não xegaste a ir onde querias, é porque não tinhas mesmo que ir. Deus escreve certo por linhas tortas! eheh bjjjjsssss

Anónimo disse...

isso foi dificil!!! mas faz parte, uma viagem dessas nao seria viagem a seria se nao acontecessem umas poucas e boas nas aldeias poeirentas e nesses autocarros... a imagem que me vem a cabeça sao sempre aqueles autocarros podres que se veem nos filmes com malta com uma cor meia castanha mas de po, com uma galinha histerica a soltar penas! :) bjsss continua que chegas la!
ps.: madalena, pq tens que por madalena abecasis? toda a gente saBe que és tu! de agora em diante seria ana gonzalez, ehehe