domingo, 21 de setembro de 2008

Mexico City

Atençao, embora pareça um eléctrico, é um autocarro turístico

Mezinhas para afastar os males

Praça da Constituiçao - casa do bandido

Danças índias

Autocarro e Taxi mexicanos... os clássicos
Museu de Belas Artes, ideia louca de um presidente mexicano obcecado com as grandezas europeias
Concerto de rock calejero


Papinhas na rua



Mural de Diego Rivera

2 mexicanos e 1 argentina, que conheci no bar do Hostel

20.09.2008

Se cuenta de Salvador Dalí que, tras su primera y única visita a México, advirtió a sus anfitriones: “¡Jamás regresaré!”. Parecía, con todo, que el genio había gozado y vivido como nunca, así que le pidieron una explicación. El maestro respondió: “No volveré porque no puedo tolerar que nada sea más surrealista que yo”.



Aqui estou eu a terminar o primeiro dia na grande Cidade do México, sentada na esplanada "terraza" do Hostel a disfrutar de uma cervejinha Leon e a ouvir o grande êxito foleirííííssimo de música supostamente de dança "Do you think you're better off alone?" no máximo volume. Música que, pensando bem, até se adequa bastante à situaçao! E já agora aproveito para responder: Yes I do!

Mas, passando a coisas sérias, cheguei ontém à noite e fiz a viagem até ao centro no taxi a cair de podre do Señor Samuel, um velhote amoroso. Comi umas quesadillas super picantes, que nem consegui acabar, e fui-me deitar. Cá eram 11 da noite, mas correspondia às 5 da manha europeias e, como se pode imaginar, estava podre. Resultado: hoje às 7 da manha já estava de pé! O meu quarto tem 6 camas e está cheio de raparigas que ainda nao tive o prazer de conhecer, pela falta de compatibilidade de horários. Depois do pequeno almoço e de actualizar o blog, fui dar um passeio pelo centro histórico da cidade.

O Hostel fica na praça da Constituiçao, praça central da cidade, onde se encontra a casa do ladrao, segundo o Señor Samuel, ou do Presidente do México e a Catedral Metropolitana. Quando entrei na Catedral, estava a decorrer a missa das 9 de sábado e a igreja estava cheia. Havia uma grande fila para a confissao e às tantas o padre diz que quem se quiser confessar podia ir porque estava lá outro padre, e levantaram-se mais 20 pessoas e juntaram-se à fila. Resolvi assistir um pouco à cerimónia a até nas palavras do padre se nota a diferença. A humildade e o sofrimento comummente aceite por todos sentia-se profundamente durante a homília.

Saí e segui até ao Museu da Cidade do México, onde fiquei a conhecer um pouco mais da sua história. Na altura em que Cortez aqui chegou, o supremo chefe azteca confundiu-o com uma personagem da mitologia, pois a data da chegada de Cortez coincidia com a data em que se esperava a chegada desse herói salvador. Por isso, foi tao fácil para os espanhóis estabelecerem-se aqui e dominarem o seu povo. Só mais tarde houve resistência, mas nessa altura já o mal estava feito. A cidade fica num imenso vale rodeado de lagos e montanhas por todos os lados. Deste terraço onde me encontro agora é que consigo ter noçao disso. E vivem aqui, na cidade propriamente dita, 9 milhoes de habitantes! Quase o mesmo que em Portugal.

Segui depois para o outro extremo do centro, passando pela Alameda onde há imenso comércio de rua (aproveitei para fazer umas compras...), e fui ao museu mural de Diego Rivera, grande artista mexicano e casado com Frida Kahlo. Em frente ao seu famoso mural, um músico dava um concerto de piano, com cadeiras e sofás para o público relaxar... Muito agradável...

Voltei para o Hostel e ainda fiquei algum tempo na praça da Constituiçao a ver danças e músicas índias. Sentia-se no ar um cheiro super intenso, pois havia imensos feiticeiros a queimarem uma espécie de incenso e umas ervas para fazerem curas às pessoas. Batiam depois com as ervas por todo o corpo do "desgraçado" e esfregavam-nas na cabeça e no pescoço. Assim se expulsam os males de todo o tipo: doenças, falta de dinheiro ou de trabalho, mau olhado, etc... E havia muita gente a fazê-lo!

Já tirei algumas fotografias, mas esta é uma cidade que tem de sentir e acho que as fotos nao transmitem de todo o ambiente que aqui se vive. Os ruídos, a música, os cheiros, a confusao do trânsito, os magníficos polícias sinaleiros (aproveito para explicar: como aqui ninguém respeita os semáforos, em cada um deles há um polícia sinaleiro a fazer de semáforo... um autêntico pleonasmo mexicano...) Além disso, está tudo enfeitado com luzes e cores e flores... É tudo super intenso...

Foi sem dúvida um dia cheio de emoçoes fortes... Tanto que, para terminar resolvi fazer uma lua... Uma lua mexicana que me há-de iluminar durante toda a viagem...

3 comentários:

Anónimo disse...

Olaaaa!!

Estava cheia de curiosidade para ler as primeiras aventuras!!
Que espectáculo!!ainda ontem estavas aqui em bcn a beber uma estrella e agora já estás no Mexico a beber uma leon!!!
diverte-te muito e continua a escrever...
beijinho

Tia Ana disse...

Olá linda! Que espectáculo ...invejo a tua coragem para ir sozinha nessa viagem. Se bem que, se tivesse a tua idade e uma oportunidade dessas acho que a aproveitava. E quem sabe um dia??? Os polícias sinaleiros nos semáforos também vi no Rio. Deve ser mesmo pq eles não respeitam os sinais ou então para dar emprego a mais alguns ...
continua a dar notícias. Beijinhos grandes,
Tia Ana

Anónimo disse...

uma luaaaa???!!?? é o k eu tou a pensar? tattoo?